sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Retrospectiva em Oslo, Noruega [2016]

 Com ainda uma infinidade de shows para esse ano, o Kraftwerk continua com suas viagens pelo mundo e já tem nova retrospectiva para 2016, a ser realizada em Oslo, na Noruega. No grupo de fãs a notícia já corre faz um bom tempo, e surpreende por tamanha antecedência.

 O local, "Den Norske Opera & Ballett Oslo", ou simplesmente Ópera de Oslo, "é o centro de artes cênicas mais importante da Noruega". Nada diferente de quem já tocou no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, no Tate Modern e no Opera House de Sydney ou mesmo o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (fez 17 anos esse mês... faz tempo).

 O que talvez tenha sido mais interessante (fora os shows, óbvio), foi a divulgação feita pela Atomic Soul, a organizadora do evento no país que é conhecido pela civilidade e... organização.


 Primeiro, o site num8rs.com foi colocado no ar com uma série e imagens e "gifs" randomicamente com o que seria a montagem dos famosos números em neon. Eram, salvo engano, seis imagens. Eu simplesmente editava o link superior para passar para o próximo, ao invés de clicar onde o site "ordenava". Feliz ou infelizmente todos foram tirados do ar (ou melhor, ficaram "escondidos") e deram lugar a uma belíssima imagem da Ópera de Oslo que enfeita essa postagem e um link direcionado ao site para compra de ingressos.

 Então, há exatos vinte dias atrás, a página oficial no Facebook da Atomic Soul e seu canal no youtube, divulgaram um curto vídeo com uma instalação dos números que a série de imagens e "gifs" em num8rs.com demonstrava. 


 Se você é curioso como eu e quer ver todas as imagens da divulgação não é difícil. Por enquanto você pode ir no "/images" no site oficial. Ou, como também não é difícil que com o tempo ele saia do ar, você pode também entrar aqui. As fotos são grandes e muito bonitas. 

 Serão dois shows por dia, a ocorrer na seguinte ordem:

2015.08.04 [19h00] - Autobahn;
2015.08.04 [22h00] - Radioactivity;
2015.08.05 [19h00] - Trans Europe Express;
2015.08.05 [22h00] - The Man Machine;
2015.08.06 [19h00] - Computer World;
2015.08.06 [22h00] - Techno Pop;
2015.08.07 [17h00] - The Mix;
2015.08.07 [20h00] - Tour de France.

 Vale lembrar do seguinte: essa é a décima segunda retrospectiva que o Kraftwerk irá fazer. Nenhuma delas foi feita no Brasil, ou sequer na América do Sul. As chances disso ocorrer têm se tornado ínfimas até mesmo para um show único. Resta aguardar, enfim, o prometido Blu-Ray.

 Vamos ao serviço:

 O que: Retrospectiva 1 2 3 4 5 6 7 8;
 Quando: de 04 a 07 de Agosto;
 Onde: Ópera de Oslo, Noruega.
 Quanto: entre 515 - 715 NOK (moeda local). Em nossa moeda seria entre R$ 234 e R$ 325.
 Ingressos: aqui.

 Uma última lembrança: o show do "The Man Machine" já encontra-se esgotado! Os shows anterior (TEE) e posterior (Computer World) estão com ingressos próximos do fim. É bom para os Noruegueses ou moradores de países próximos correrem.

 Isso é tudo.
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domingo, 18 de outubro de 2015

Diário #6 - Electronica 1, Novas Aquisições e Davos

 Olá, humanos!

 Voltamos com algumas novidades. Muita coisa interessante a acontecer esses últimos dias. Aqui falo sobre minhas impressões sobre o novíssimo álbum Electronica 1: The Time Machine do Jean Michel Jarre, algumas novas aquisições (em meio a "crise") e o álbum mais fofo que ouvi em tempos.

 SAIU, Electronica 1: The Time Machine finalmente saiu! Mas como não poderia deixar de ser com uma surpresa que nos assustou um pouco. Cerca de três dias antes foi liberado TODAS as faixas do álbum no canal do Jean Michel no youtube, o que não pode deixar alguns dos fãs com certa "raiva". Oras, se fez tanta expectativa quanto ao álbum, porque colocar várias faixas no youtube?


 Isso, ao meu ver, pode significar uma coisa mais interessante do que o álbum em si: a chance de turnês mundiais. Vejam... o modelo hoje em dia tem mudado, qualquer bom artista sabe que "só" de álbum não se vive. Em complemento a essa visão sobre o assunto, mais uma boa notícia surgiu: o álbum será lançado sim no Brasil e na América do Sul como um todo. Há muito se falava sobre o "desleixo" da Sony com nosso país, que chegou a chamá-lo de "DJ" em rede social (claro que com muita reclamação dos fãs). Isso é o mínimo. Porém, se encontra em pré-venda em alguns sites.

 Com a boa notícia e o CD já em pré-venda e devidamente comprado (nem imagino o quanto custaria o LP, caso chegue em nosso país), resta aguardar para ter uma impressão final sobre o álbum. A opinião é, por enquanto, unânime e me incluo: o álbum é um 8 de 10. Não é um excelente, mas nem de longe um álbum ruim. É um bom álbum sem dúvidas. Uma excelente volta do JMJ ao mercado.

 Já é possível "encontrá-lo" pela grande rede, mas lembre-se da mensagem que deixo sempre ao lado: fãs (também) compram original! O CD já é número 1 na Amazon em diversos países! Parabéns ao mestre pelo bom trabalho!

 Quem quiser saber mais já sabe, pula no Jarrefan.

 Ainda falando do Jean Michel, tive uma chance de ouro nessas últimas semanas e adquiri os primeiros discos do Jarre. Óbvio, não os primeiros de forma cronológica, mas os primeiros para mim. Foi um excelente lote com seis dos discos do mestre em muito bom estado e a um preço muito bom. Abaixo as aquisições (foto em qualidade ruim, eu sei...)


 São eles: Oxygene, Equinoxe, The Concerts in China, Rendez Vous, Revolutions, Jean Michel Jarre in Concert - Houston-Lyon. Todos em muito boa qualidade. Vamos, aos poucos, aumentando a coleção.

 Já me falaram que era mais fácil achar os discos dele por aqui... bom... creio que seja verdade.

 Fica a recomendação do site Vinil na Net.

 Para finalizar o post, fica a recomendação do álbum novo do Computer Magic, que na verdade é Danz (<3) e banda. Danz é fã declarada do Kraftwerk.

 "Davos" foi lançado semana passada junto a mais um excelente single (o terceiro) e um clipe. O álbum está disponível por completo no Spotify, o single no Soundcloud, e o clipe no Youtube (agora VEVO). Esse terceiro single, sinceramente, não poderia ter sido melhor escolha. É minha preferida do álbum e estou repetindo ela há dois dias.


 É interessante lembrar que o Computer Magic, datado ainda de 2010, possui sim álbuns lançados, porém todos no Japão, onde possui um apelo bem interessante. Digo isso baseado no melhor termômetro que poderia ter: os fãs japoneses Kraftwerk que sigo / me seguem no Twitter, principalmente os que parecem mais jovens.

 É sempre complicado tentar descrever álbuns desse tipo. Quando falamos no álbum do Jarre a gente sabe o que é mais dele ou o que é mais do colaborador, o que achamos de pouca ou maior qualidade, etc. etc. A questão é que o álbum está em minha cabeça e, principalmente, seu single. Algumas faixas, principalmente a segunda, me lembrou vagamente Ladytron (faz tempo que não ouço, inclusive). É um bom álbum, de boas músicas, tem personalidade e com cara de álbum: temática bem definida e não parece um arremedo de músicas seguidas das outras. É "fofo" e divertido.

 Há coisa que não aprecio muito. Essa coisa é "gostar" de algo específico e um artista. Tento ter uma visão democrática sobre música (eletrônica). Ela leva em consideração não levar aspectos como o artista ter a melhor voz ou tocar melhor determinado instrumento. Isso faz tirar o fator "Pocket Calculator" da coisa: música fácil, a palma da mão, seja você quem for. Fácil não de facilmente digerível, mas de fácil produção, simples, democrática. Há um nome que resume bem isso, pena não lembrar ao certo qual. Mas, mesmo com esse pensamento, não posso deixar de me sentir frio a voz dessa moça.

 Enfim, deixo o terceiro single aqui então. Ouçam Secret (e se puderem, o álbum por completo). Até a próxima.



 Um detalhe que quase esqueci: Radioactivity está fazendo quarenta anos esse mẽs! Tire um momento para ouvi-lo ok? ;)
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sábado, 10 de outubro de 2015

Kraftwerk: Publikation [Review]

especial para o Blog
 
Kraftwerk sempre foi uma banda avessa a entrevistas e aparições na mídia tradicional em geral; bem, eles sempre aparecerem, mas do jeito deles.

Uma biografia sobre essa banda meio “esquisitona”, reclusa e um pouco fora do comum, seria de certa forma, uma surpresa.

 Aqui nessa Kraftwerk: Publikation – A Biografia (Editora Seoman, 368 Páginas. 2015), escrita por David Buckley temos o perfil da banda traçado desde o seu surgimento no final da década de 1960, quando Ralf e Florian se conheceram em um curso de improvisação musical, chegando até o patamar Cult que a banda se encontra nos dias atuais.

 Todo conteúdo do livro é baseado em entrevistas que a banda cedeu desde o começo da década de 1970, passando por programas de TV, documentários sobre música eletrônica, gravações em áudio de algumas raras entrevistas em rádios FM pela Europa e, principalmente os depoimentos de ex-integrantes da banda, que ajudaram a costurar toda a narração do livro.

 Karl Bartos e Wolfgang Flür foram cruciais para esta biografia, pela quantidade de informações cedida para o livro, além de detalhes da vida pessoal (não todas), incluindo as inspirações para os álbuns do grupo, brigas internas e fatos ocorridos nos bastidores.


 Outra biografia sobre kraftwerk, lançada em 1993, chamada “Kraftwerk: Man, Machine and Music”, escrita pelo jornalista francês Pascal Bussy, causou certo desconforto entre a banda e o jornalista, mas isso não impediu a publicação do livro de Pascal e, de outros livros posteriores sobre o grupo alemão. 

 Kraftwerk: Publikation é o primeiro livro sobre a banda lançado no Brasil, apesar de que o grupo sempre esteve presente na mídia nacional, mas de uma forma extremamente escassa, devido a grande dificuldade na demora dessas informações chegarem aqui. Muito mal uma resenha em alguma revista sobre música, entrevistas pela metade publicada em alguns jornais e, na TV somente segundos de suas músicas. O trabalho do grupo era somente conhecido por DJs, produtores musicais e apreciadores da música eletrônica. 

 Quando vieram ao Brasil em 1998, se apresentando pela primeira vez na América latina, no extinto Free Jazz Festival, o trabalho do Kraftwerk acabou tendo uma grande revisão e, até seus discos que estavam fora de catálogo há anos, foram relançados por aqui. Mesmo assim, informações sobre a banda em português, ainda eram mínimas.


 Essa biografia é uma grande referência sobre tudo o que eles produziram, e como eles influenciaram os artistas durante as décadas seguintes. Um grande resumo de tudo. Também há ótimos prefácios exclusivos na edição brasileira, escrita por Camilo Rocha e Paulo Beto sobre como o trabalho do Kraftwerk era exposto no Brasil.

 Apreciadores de música eletrônica, e amantes de música em geral devem ter o livro. De todos os artistas que exerceram uma forte influência na música pop no mundo, kraftwerk era o único que não tinha um livro lançando por aqui. 

 O livro se encontra à venda pelo site da editora Seoman (Grupo Editora Pensamento).

Link:
http://www.pensamento-cultrix.com.br/kraftwerkpublikationabiografia,product,978-85-5503-024-6,206.aspx

Fotos: Stand da editora Seoman/Pensamento. Lançamento de Publikation na Bienal do livro Rio de Janeiro [2015]
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